quinta-feira, 25 de abril de 2013

25 de Abril de 2003 - 25 de Abril de 2013

10º Aniversário do falecimento do Ten. General Manuel Themudo Barata
Militar com uma carreira distinta, viria a ter alguns dissabores por ser um Homem de espinha direita.
No caso de Cabinda, enquanto uns se venderam e outros se acobardaram, Ele lutou por aquilo em que acreditava. No final saiu vencido, mas com dignidade.

Seguem-se três apontamentos, sobre o final da sua missão como Governador de Cabinda
1.-A História reservar-lhe-Ia um papel político quando o 25 de Abril o surpreendeu em Cabinda. Defensor da tese segundo a qual o enclave só é parte de Angola «por uma questão jurídica portuguesa», a Constituição de 1933, Themudo Barata não aceitou, após a Revolução de 1974, a entrega de localidades portuárias do enclave ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), por ordem do então governador de Angola Rosa Coutinho, e para além do que estava previsto nos acordos celebrados entre Portugal e os independentistas. O caso valeu-lhe o regresso a Lisboa.
Domingo
27 de Abril de 2003/edição n.2674 do Diário de Notícias

2. - Angola - Em Cabinda o exército português juntou-se ao MPLA para aniquilar a FLEC         Revista 'O Século ILUSTRADO', n.º 1922 de 09.11.197


Reportagem exclusiva dos combates que uniram o MPLA e tropas do exército português, para aniquilar a presença na capital do enclave dos guerrilheiros da FLEC (Frente de  Libertação do Enclave de Cabinda), e simultaneamente depor e deter o comandante militar português, Brigadeiro Themudo Barata, considerado próximo e favorável aos guerrilheiros locais!


 

    Batalhão de Caçadores

3.- 02Nov74 -Militares pertencentes ao Batalhão de Caçadores 4519/73(1), estacionados na área do Belize e comandados pelos seus comandantes de companhia, avançam em coluna militar, sobre Cabinda. No terreno encontravam-se também elementos do Batalhão de Artilharia 6524 (BART 6524/74) que tinham vindo para Cabinda no dia anterior e elementos do Bat.Caç.4913/73 (2), que foram os ultimos a aderir ao movimento.
Esta força combinada ocupa pontos estratégicos da cidade de Cabinda, alegadamente para
travar as actividades desenvolvidas pela Frente de Libertação Enclave de Cabinda(FLEC), prendendo o Comandante do Sector de Cabinda, brigadeiro Manuel Themudo Barata, o seu chefe de Estado-Maior, coronel Mendonça, ex-comandante do B.Caç. 4611/72 que estava colocado no Subsector do N’Tó, e mais doze oficiais do Exército Português, com funções no Comando do Sector CAB, que ficaram detidos num gabinete do sector, guardados por elementos do MPLA.
Breve Historial
Batalhão Caçadores 4913/73
(1) -31 de Maio de 1974 – Abaixo-assinado com larga adesão de oficiais, sargentos e praças da  2.ª Companhia do Batalhão 4519, aquartelado em Tchivovo, Angola, onde se afirma a recusa «peremptória» de entrar em combate e a recusa em sair para Belize, Norte de Angola. O abaixo-assinado era encabeçado pelo capitão miliciano F.C....., alferes milicianos C.B..., A.A.......M.V........e A.C..........
(2) - Foi a Unidade que teve mais baixas, apesar de ter sido a que usufruiu de maior apoio de unidades de reforço, de entre elas várias unidades de elite (comandos/paras).

domingo, 7 de abril de 2013

Democídio

ONU critica Angola por desaparecimentos e execuções sumárias

Apesar de sábias e humanas declarações, houve o 27 de Maio de 1977

Ainda no capítulo dos maus tratos, o documento apontou relatos de violência sexual por parte da polícia e forças de segurança contra imigrantes ilegais congoleses durante o processo de expulsão, recomendando às autoridades que investiguem os abusos e que garantam a protecção das pessoas que aguardam deportação.

Segundo o mesmo texto, as autoridades"devem reforçar a independência do poder judicial e combater efectivamente a corrupção".
Redação VOA - 30/03/2013

Polícia angolana impede manifestação e prende activistas


A ONU criticou na semana passada Luanda pelo desaparecimento de activistas políticos e pela existência de execuções sumárias, e pediu às autoridades para acabarem com "a impunidade das forças de segurança". As críticas foram feitas pelo Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas, que avaliou a aplicação do pacto Internacional dos Direitos Civis neste país.

Na semana passada, relata a Voz da América em   Angola, o ministro angolano da Justiça e Direitos Humanos, Rui Mangueira, esteve em Genebra- a cidade suíça onde se situa a sede daquele organismo da ONU- a apresentar o relatório do seu governo sobre a aplicação do pacto. O Comité dos Direitos Humanos, depois de ouvir este responsável e verificar outros dados, expressou estar "preocupado  com informações de execuções arbitrárias e extrajudiciais pelas forças de segurança", sobretudo na província de Huambo em 2010 e numa ofensiva contra a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda(FLEC)no mesmo ano. Alguns dirigentes da FLEC foram rapatados, tendo sido depois encontrados mortos.
in Público 30/03/2013