terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Recordam-se dos “Escutas”?

Eu não me recordo e não sei se alguma vez os vi nas minhas poucas idas ao Batasano, mas a malta da CCS e da 1ª Cª, de certeza que se lembram deles.

José Gonçalves, “Escuta” ou SRT/CHERET, visitou o nosso blogue, e além de deixar algumas mensagens no Livro de Visitas, também enviou “material” para publicação, eis um dos seus textos:

«Chegámos ao BC 4910 – Batasano, em Agosto de 1973, para onde fomos transferidos do Belize (B Cavalaria) – eu, o Canas, o Mira e um furriel cujo nome não recordo - por sugestão do 2º Comandante, Major Rebelo Marques, que tinha sido nosso chefe no QG em Luanda e, dado que o Batasano ficava em altitude superior, as condições de recepção aí seriam melhores para o desempenho do nosso trabalho que consistia na pesquisa e escuta/gravação, em várias frequências, das transmissões do IN em código morse.

O nosso trabalho cobria todo o território angolano, mas com maior incidência sobre a parte Norte. Havia já frequências que eram do nosso conhecimento e, como tal, através da escuta conseguíamos seguir as movimentações dos grupos, – à época chamados de “turras” – evitar emboscadas e, ao contrário, sermos nós a montá-las.Éramos os chamados “aramistas”.


Do nosso trabalho só dávamos conhecimento ao 2º Comandante (que estava mandatado por Luanda), o restante pessoal sabia mais ou menos o que fazíamos, mas não em pormenor.»
José Gonçalves

Foto de cima: Festa de aniversário do Lé (enfermeiro). Um prato de nozes e pevides e quantidade adequada de “Nocal”. Eu (José Gonçalves) estou de pé encostado ao pilar de apoio da cobertura e do meu lado esquerdo está o aniversariante e outro camarada enfermeiro.

Foto de baixo: Na mesma festa de aniversário. Chamo a atenção para o “tocador” de “Nocal” que era, também, o corneteiro do Batalhão. Digam lá se ele não tem jeito… o Canas com havaianas calçadas, não tinha medo da “matacanha”.
José Gonçalves

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