quinta-feira, 30 de maio de 2013

As escoltas que o BCaçadores 4910/72, nunca se recusou fazer...

Ao MVL, do que dependiam todos os combatentes para sobreviverem nas matas do Maiombe.


Hoje dois assuntos dão azo a este post e a alguma revolta.
Um era de meu conhecimento, passou-se faz hoje 39 anos, um ataque IN ao aquartelamento do Caio Guembo, onde estive quatro dias depois com o 1ºGC da 3ªCª, escoltando o MVL.

O outro descobri-o ontem na Net, por mera casualidade . Trata-se de um texto, cuja análise vou deixar ao cuidado do leitor. A mim causou-me alguma revolta. É por este que vou começar, mas sem fazer juízos de valor, e para não haver erros de interpretação ou citação, vou fazer uma copy paste de algumas passagens do mesmo.


1.COM ABRIL SEMPRE....PARA SEMPRE !!
Dia 25 de Abril de 1974, Roça de Café na periferia da cidade de Cabinda, onde a minha companhia de Caçadores estava estacionada.
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Nós estávamos na capital, Cabinda .....o norte de Cabinda era a zona mais operacional de Angola, onde o MPLA atacava o território desde a fronteira com o Congo Brazaville com mísseis terra-terra. Em Maio cerca de um mês depois da data da Revolução dos Cravos, surge o primeiro estremecimento,...vem uma ordem para fazermos a protecção a um MVL para o Norte de Cabinda, que eram feitos com blindados Chaimites, exactamente para resistirem aos ataques com mísseis.
Fizemos rápidamente várias reuniões e saiu a decisão unânime....ninguém da nossa Companhia saíria para fazer a protecção ao MVL.
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A 15 de Agosto, recebemos ordem de marcha para Luanda e embarcámos em três Fragatas da Marinha de Guerra para um Dolce Far Niente na capital angolana, até há vinda definitiva em Novembro.

Artigo escrito por um militar, num blog que já "fechou". Embora conhecendo a sua Unidade, vou omitir a identificação da mesma, por respeito aos que não pensavam como este herói. Ainda que fosse só um. 
2.BREVE HISTORIAL
BATALHÃO CAÇADORES 4913/73 – CRONOLOGIA
30Mai74 - Das 05h20 às 06h00, elementos IN/MPLA, atacaram o aquartelamento de Caio Guembo, do Morro do Sul deste e a uma distância de 100/200 metros, utilizando grande potencial de fogos (RPG, armas aut. e mort. 60) causando às NT 4 mortos (2 Alferes), 3 feridos graves e 10 ligeiros (1º. Sarg. 2 Furriéis).
In www.batalhao4913.com


Quartel de Caio Guembo - Um buraco no Maiombe
Depois do Ataque
Salvou-se o Crucifixo
Evacuação de civis em fuga do Caio Guembo

8 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia, Esta história está relacionada com um elemento da 3ª. Companhia de Caçadores do B.Caç.4611/72 (a questão da referência à Unidade é irrelevante pois seria sempre fácil saber qual é), que tem colocado algumas referencias que passam mais por uma interpretação pessoal e irreal do que pelo que realmente aconteceu no terreno e com os seus camaradas da companhia, pois o B.Caç. 4611/72 tem na sua folha de serviço 3 teatros operacionais; Leste de Angola, Caxito e depois Cabinda. Mas comecemos: 1) Esta companhia esteve aquartelada na Roça Lucola onde eu vivia e da qual o meu pai era um dos proprietários, e encontro também nos escritos desse militar referências menos correctas ou que o tempo e a memória já alterou. Nunca em tempo algum existiu alguma escola nem se fez "politização" dos assalariados da Roça Lucola. Ainda por cima num ano em que a produção de café ultrapassou todas as expectativas e onde não havia mãos a medir para que a sua recolha fosse assegurada. Os filhos dos em ………
02/06/2013
fmoreira

fmoreira disse...

fmoreira

Peço desculpa de aqui voltar, mas incluso existem fotos desse acompanhamentos dos MVL feitos quer pela 3ª. Companhia e 2ª. Companhia do 4611/72 e das quais enviarei uma cópia para o vosso email do Batalhão 4910. Certamente reconhecerão os locais onde foram tiradas. Não esqueçamos que com este Batalhão não houve questões de disciplina nem fracturas no comando militar embora pudessem ter ou não concordado com as decisões tomadas. em ….

02/06/2013

Anónimo disse...

A.Almeida
Caro FMoreira Antes de debater o que quer que seja, deixe-me a mim que sou um civil, assumir a posição de sentido perante o meu amigo que nunca foi militar, para o poder cumprimentar. A forma como no último parágrafo do primeiro comentário de 2/6/2013, assumiu a defesa da Companhia a que pertencia o militar em questão, é de uma nobreza invulgar. Os homens do BC4611 podem sentir-se orgulhosos do camarada adoptivo, recrutado em Cabinda. Posto isto vou fazer apenas dois ou três considerandos sobre tudo aquilo que o meu amigo escreveu. - Quanto à questão da Identificação da Unidade ser irrelevante, concordo só parcialmente consigo. Para mim a grande questão era haver um individuo que punha em causa a sobrevivência de camaradas que como ele estavam numa guerra a que eram obrigados, só que a viver em condições sub-humanas e fustigados quase diariamente pelo IN, e que fala de solidariedade a propósito de tudo e de nada. Não citei a Unidade porque achei que seria uma ofensa para os homens em ……..
03/06/2013
Anónimo

Anónimo disse...

Pertenci ao BC4611/74 estivemos em cabinda - Ntó e lucola, também fizemos escoltas pela mata do Maiombe. Guardo principalmente boas recordações das sessões de cinema no Chiloang, hotel Maiombe, do convívio com os nativos brancos e negros. Numa fase posterior o cenário mudou vieram os movimentos de libertação e foi difícil gerir os conflitos entre eles e defender a população civil.
Felizmente regressámos todos com vida a Portugal no Outono de 1975.

fmoreira disse...

Uma informação para o camarada do 4611/74. Parece que este é um Batalhão que não tem por costume reunir-se para conviverem, no entanto informo que há camaradas que estão a fazer contactos no sentido de se voltarem a reunir. Pelos locais que menciona decerto que se trata de um camarada da 1ª. Companhia e como tenho contactos com o Alferes Contente e com o Antibes que foram da mesma Companhia peço o favor de fazer chegar-lhe esta msg de modo a colocá-lo em contacto com o resto do pessoal. Obrigado

Anónimo disse...

Sou Fernando Tomás ex- 1º Cabo radio-Telegrafista da 3ª Companhia do Batalhão de Caçadores 4611/74 - Formei há dias um Grupo no Facebook em que vamos tentar reunir os Camaradas do Batalhão. Se pertenceste contacta-nos: Batalhão de Caçadores 4611/74 - Obrigado a todos.

Anónimo disse...

Escoltas pela mata do Maiombe ou pelo IPR (alcatrão) ?

Anónimo disse...

Ok