Independentistas de Cabinda anunciam fim da luta armada em troca de autonomia
A principal organização independentista do enclave angolano de Cabinda, a FLEC, formaliza na sexta-feira a desistência da luta armada, apelando a negociações para para alcançar um estatuto autonómico para o território, disse à Lusa fonte da organização.
Segundo Oswaldo Franque Buela, porta-voz da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), contactado telefonicamente pela Lusa a partir da capital angolana, a organização vai enviar às autoridades de Luanda um documento de nove páginas denominado "Esboço de uma Solução Concertada e Negociada".
A FLEC é liderada pelo histórico Nzita Tiago, exilado em Paris.
A diferença relativamente às iniciativas anteriores é que as autoridades de Angola parecem estar agora mais perto de aceitar o desafio proposto, pelo facto de o único diário angolano, o estatal Jornal de Angola, lhe conferir grande relevo, a toda a largura da primeira página da edição de hoje.
O enclave de Cabinda é palco desde ba independência de Angola, em Novembro de 1975(1)
de uma luta pela independência, desencadeada ao longo dos anos por diferentes facções cabindas, restando actualmente a FLEC de Nzita Tiago como única que ainda mantinha uma resistência armada residual à administração por parte de Luanda.
Separada de Angola pelo rio Congo(2), Cabinda possui significativos recursos naturais, em que as reservas petroliferas representam cerca de metade da produção diária de 1,8 milhões de barris de petróleo angolanas.
Lusa
Qui,02 de Maio de 2013
Extracto do artigo publicado pela SICnotícias. Os interessados podem ler o artigo integral em SICnotícias no sapo.pt
Notas: (1) - Nesta fase o MPLA, teve o apoio de tropas portuguesas.
(2)- Angola está separada de Cabinda pela RDC(ex-Zaire) e não pelo rio Congo.
(3)- O Sublinhado e as notas são de n/responsabilidade
Sem comentários:
Enviar um comentário