Valeu?
.Bom. Sem obsessões. Mas muitos de nós voltaram com traumas, como saberás. Cada um à sua maneira, «aquilo» não nos larga.
A uns afectará mais e a outros menos.
Por mim, há coisas muito giras que não quero esquecer. Mas confesso que, no primeiro Verão que passei na minha aldeia (em 1975), quando a rapaziada às 6 da matina (como sempre se fez) desatou a largar foguetes... saltei da cama e escondi-me debaixo dela.
E, como já expliquei aí em baixo, ainda hoje reajo com stress a algumas circunstâncias (ruídos metálicos, motores de heli, barulhos fortes e bruscos próximo de mim...).
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Isto surgiu-me hoje quando li no Diário de Notícias um artigo interessantíssimo que fala da descoberta de dois cientistas americanos em matéria de apagamento de más recordações. Um dia, aqueles (confesso que eu não preciso, mas, infelizmente, há muita gente que precisa) que sofrem de stress pós-traumático poderão apagar essas más memórias.
Às tantas, lê-se lá o seguinte: «Espera-se que, no futuro, alguns medos e recordações traumáticas possam ser apagados / Apagar memórias de forma selectiva é agora possível. O sofrimento causado pela recordação da perda de alguém, um medo que não se consegue controlar, as lembranças de um conflito podem ser suprimidas, segundo um estudo realizado por uma equipa internacional.»
Podes ler aqui o artigo todo. E proponho-te outras leituras simples: aqui, podes ler umas coisas sobre estes problemas e aqui encontras a descrição de um caso concreto. Aqui, o que se passa nos Estados Unidos.
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Eu procuro é lembrar-me de que conheci lá bons companheiros e que dei aulas na Escola Preparatória de Buco Zau quase dois anos e assim pude ajudar muitos daqueles miúdos a aprenderem Português e... outras coisas.
E isso, sim, são boas memórias.
1 comentário:
Irónicamente, recordo Bata Sano com saudades. No entanto, já me aconteceu chamar a GNR (eu estava só em casa) apenas por ouvir, ou pensar ouvir, ruídos em casa, que não se vieram a confirmar.
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