quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Maiombe, pessoas e gorilas

Já escrevi que o Maiombe é ou era um dos últimos locais onde os gorilas estavam bem na Natureza. E alguns de nós tivemos a felicidade de os ver em liberdade. Mas, com o desbaste de árvores ao ritmo de milhares por ano, esse paraíso tem vindo a ser posto em causa.
Um grande amigo meu e grande jornalista, Carlos Narciso de seu nome, que já foi um grande repórter da SIC e que hoje está na França a dirigir um canal de TV de língua portuguesa, escreveu há sete anos na malograda revista «Em foco», um belo artigo sobre gorilas. Melhor, sobre o mal que os homens fazem aos gorilas por pura ganância.
Transcrevi-o para um blog meu. Gostava que o lesses. Aqui.
Às tantas, diz ele: «Os nossos parentes mais chegados - De todos os grandes macacos, o gorila é o mais difícil de observar, porque vive em pequenos grupos familiares e porque há cada vez menos. O gorila está em vias de extinção, não há mais do que alguns milhares em liberdade. A extinção desta espécie deve-se ao abate das florestas e à caça. Além de serem poucos, os gorilas vivem normalmente em florestas densas, onde o homem tem grandes dificuldades em se deslocar. O gorila é tímido e pode passar a vida inteira escondido do olhar dos curiosos».
Como te lembrarás, naquele cenário digno dos tais filmes do National Geographic, havia gorilas à vista. Repara: há milhões e milhões de cidadãos que, mesmo tendo estado lá, nunca viram um gorila - o animal mais parecido connosco.
Por isso, considero-me feliz: eu vi.
E a minha paranóia, já cá, durante anos, era ir até ao Jardim Zoológico e ficar ali a olhar para o gorila que lá havia... e ele para mim, sem me ligar nenhuma.
Pancas, meu! O que é que se há-de fazer?

1 comentário:

jose ribeiro disse...

eu quando cheguei a um pelotão destacado num monte convivi com gorilas próximos,eles cheiravam nossa comida e... espreitavam ))) disparava-mos para os afastar.Uma experiência inolvidável.