domingo, 2 de novembro de 2008

Xikuala

Sabem uma coisa? Não há dia nenhum em que não me lembre de histórias daqueles dias de Cabinda. E muitas vezes escrevo uma ou outra história aqui ou ali sobre coisas e pessoas. Em 2006, foi esta história do velho guia que sempre nos guiou por bons caminhos (ou seja: para bem longe do MPLA), pelos fiotes espalhados por aquela Maiombe, enquanto mascava xikuala que, ao que nós sabíamos era nem mais nem menos do que um excitante sexual. Para ele, era apenas pastilha elástica que lhe dava alguma energia suplementar.
Notas
1. Para a leres, basta cilcares em cima desse link que aí fica em «foi esta história do velho guia».
2. Chamo a tua atenção para as palavras esbatidas na imagem: eles escrevem «Chichualy», mas o nosso guia, quando um dia lhe perguntei o que é que ele mascava, respondeu bem claro e perceptível: «Xikuala». Admito outras grafias, claro - eles não conheciam a escrita - mas o som era esse: «xicuala». O «k» apenas o uso para reforçar o gutural dele: c seria muito fraco. Agora o que garanto é que não ouvi «chichualy» da boca dele... Enfim, isso é pouco importante. Até porque na zona falam-se diversos «dialectos» da língua-mãe, o kikong... Pode até ser que me Buco Zau se diga «xikuala»/«chikuala» e noutra zona «chichualy»

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